quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para ser crianaestrada

Para ser crianaestrada é preciso muito mais do que a estrada. É preciso um quintal com grama, pedrinhas e flores. Cachorro, casa na árvore, espaço para correr. É preciso uma banheira, uma esponja e um barquinho de papel.


Para ser crianaestrada é preciso pais atentos e sensíveis, que montam cabaninhas com lençóis floridos, contam história sob a luz da lanterna e ainda dormem com a cria embaixo na cabana, bem no meio da sala bagunçada. Destes que fazem bolo de chocolate no domingo de chuva, que inventam brincadeiras com fantoches de pano, levam para correr no parque, na praia, no mato, carregam a cria na mochila para uma viagem inesperada.



Trio parada dura

Banho é bom até na pia


Oie
 
Para ser crianaestrada é preciso bem mais do que ser cria. É preciso pés descalços, um moletom velho, um carrinho de madeira, uma ladeira, um arranhão no joelho esquerdo. E no direito também. É preciso liberdade, mas também limites. Nascer e pôr-do-sol, mas também horas de sono. Se sujar da cabeça aos pés, mas banho no final do dia.

Para ser crianaestrada, é preciso vida. Lá fora. Tendo o sol como luminária. O vento no rosto e mais um monte de coisa que só tem lá fora.


  
Ladeeeeeira

Obra de arte


Descobrindo



* As crianças João, 5 anos, e Olivia, 2, são as crianaestradas do Alexandre e da Larissa Kammer, pais sensíveis, viajantes, que sabem o quanto uma infância feliz é fundamental

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