segunda-feira, 5 de março de 2012

O tempo... Ah, o tempo!

 
Sim, é verdade, o tempo passa rápido demais e o meu bebezinho dorminhoco e faminto já está fazendo três anos. Já canta, já conta, já monta quebra-cabeças, já não dorme mais durante o dia, já é cheio de preferências e personalidade. Aquele bebezinho que todos pegavam no colo não quer mais colo. Só quando está com sono e quer aconchego. Daí eu aproveito, tiro a minha casquinha, cheiro o cabelo clarinho e fininho, digo um monte de coisas que gosto de dizer, bem pertinho de mim.

Vez ou outra vemos as fotos dos primeiros meses de vida. Aquelas roupinhas pequenas, os sapatinhos minúsculos. Sinto saudades. Mas também adoro ver o quanto já está mais independente. Gosto de vê-lo quando escolhe suas roupas, seus brinquedos e até faz birra para tomar banho. E depois quando faz birra para sair do banho. Já inventa um monte de músicas e pede para nós cantarmos junto.

A vida é esta eterna saudade que não se explica. Sim, vivemos o hoje. Mas temos saudades do ontem e milhões de ansiedades pelo amanhã. Tentamos deixar viver. Tentamos deixá-lo livre. Maternidade/paternidade não é o mar de rosa que pintam. É ficar adulto, é desprender-se de um milhão de certezas e conviver com outras milhões de dúvidas. É deixar morrer algo aqui dentro. E deixar nascer várias outras sementes lá fora. É ver um mundo completamente inédito, mas também reviver os ciclos da vida. O primeiro dia de aula agora é dele. A homenagem do Dia das Mães agora é minha. E a responsabilidade por tornar esta vida leve é de nós três!

Davi, meu filho lindo. No auge dos teus três anos, tu continuas a iluminar cada vez mais o nosso dia. Educar é o mais belo e difícil desafio, não tenho dúvidas disso. Sejamos leves para fazer a vida leve. Sejamos livres para fazer uma vida livre. Sejamos Davi para fazer uma caminhada doce.