terça-feira, 13 de abril de 2010

Tradições


Gosto das tradições. Dos conceitos, costumes e visões de mundo passados de pai para filho e que identificam uma família, um povoado, uma região. Quando estamos longe de casa, sensíveis e saudosistas, são elas – as tradições - que nos identificam, nos dão referência e matam nossa saudade.

No feriado de Páscoa, pudemos exercer um pouco disto com o Davi, de 1 ano e 1 mês. Na verdade, o Adão (que está a quase 1 mil quilômetros da casa de origem) pôde exercer isso com o nosso pequeno. Como manda a tradição do Sul do Rio Grande do Sul, comemos carne de ovelha no sábado de Aleluia e tomamos chimarrão ao redor da mesa enquanto a carne assava no fogo lento. Foi a primeira vez que o Davi tomou mate. Gostou. Mas gostou TANTO que não queria devolver a cuia por nada neste mundo. Mesmo quando a água acabou, queria brincar com a bomba, pegar a erva na mão, fazer bagunça com todas aquelas novidades. Tudo devidamente registrado em fotos e vídeos, é claro.

É bom ter raizes e histórias para contar aos filhos. Aqui em SC (ou pelo menos em Balneário Camboriú), não temos nada tão específico quanto a tradição gaúcha (ou mineira, ou nordestina ou amazônica). Enquanto o Adão passa um pouco deste amor pela terra dele, tentarei transmitir ao Davi a minha verdadeira paixão por andar por este mundão de Deus, descobrindo horizontes, rostos, sotaques, pessoas, e comidas diferentes. É a minha tradição: botar o pé na estrada! E a partir de agora o levarei junto comigo sempre que eu puder e o tipo da viagem permitir.

Viva as tradições, o mate, o RS, o Brasil, o mundo inteiro. Viva as estradas, os sonhos e as possibilidades de nos espelharmos nos pequenos, mas principalmente em nós mesmos.

(P.S: Sou a favor das tradições desde que positivas. Não concordo nem um pouco com pescadores do litoral catarinense incentivando seus pequenos a correrem (e maltratarem) atrás dos bois na Quaresma... Ou seja, tudo é relativo!)





Ps da Carol: tava aqui tomando um mate matutino quando abri o post da Lú e não resisti, botei fotinhas, as que encontrei, porque tem tantas, mas tantas! Mate sempre presente, e viva nossas raízes! Amei Lú. E olha que interessante, sem querer botei a Sara Lee bebê tomando chima com a vó, e depois, aos 4 anos, na cuia da aboela argentina, com erva argentina. Raízes que se encontram. Belíssimo!


2 comentários:

  1. Lindaaaaa, amei a foto na praia, toda cheia de charme. :)

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  2. Ter tradições é maravilhoso. Não pra ficar amarrado a elas, mas pra que elas nos ajudem a entender quem somos. E pra sermos ainda mais livres com elas.

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